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Mostrando postagens de abril, 2014

"VEJA MEUS TRISTES OLHOS"

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Veja meus os meus tristes olhos. Que hoje choram de saudade Seu brilho escureceu Sua esperança esvaeceu Se perdendo pela tarde. Veja  meus os meus tristes olhos. Como ferem suas águas Que verto por te querer Que em meu peito faz crescer Um mar de dores e de lágrimas. Veja meus os meus tristes olhos. Eles vos revelarão Que esta angústia que me invade E que os meus sonhos abate É chamada solidão. Veja meus os meus tristes olhos. Choram por algo imortal Pela distância que estou Da amada que despertou Tal amor transcendental. Veja meus os meus tristes olhos. Que sofrem tanto por amor Terão de volta a alegria Quando enfim chegar o dia Em que ao teu lado vou estar. CLAY REGAZZONI (todos direitos reservados ao autor)

"DESENGANO DO MUNDO"

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Porque permites Deus que eu viva sem sorrir um sorriso de meu de meu fado que tão triste me traz as memórias de um viver tão mordaz que alegra os outros, não eu. Porque permites Deus que eu viva, essa vida que levo sozinho. Já nem sei se eu sou mais eu mesmo, pelos prados eu ando a esmo. Pedra e espinhos me cruzam o caminho. Porque permites Deus que eu viva, a sonhar estes sonhos errantes, que habitam meu sono profundo, me exilam pra longe do mundo, num suplício demais delirante. Porque permites Deus que eu viva. a vagar com minh’alma doente. Nesta terra de amores impuros, neste vale de olhares escuros, sendo eu um poeta demente. Porque permites Deus que eu viva, se meus olhos são turvos de pranto. Por correr em minhas veias essa estranha amargura, que tanto me vem que até se afigura, na quimera que surge entre as frestas de um manto. Porque permites Deus que eu viva, se não posso sequer uma vez ser amado. Que não faça promessa em noite enluarad

"SOB AS LÁGRIMAS DA NOITE"

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O céu chora. As águas desabam pela noite sombria. A chuva que meus olhos lançam sobre mim, Não purifica meus pecados. Hoje a lua não veio velar meus sonhos. Teu olhar não sorriu ante ao meu. Hoje não vi teu rosto santo. Nem me inebriei em teus carinhos. Mas a minha alma ainda reflete você. As horas são frias e inóspitas. Solitário, ouço a sinfonia da águas. Neste instante ela é minha única companheira. Mas a tempestade desta noite, Não verte tristeza alguma em mim. Pois em meu peito habita a certeza, Que em teus braços amanhã estarei , E encontrarei a eterna bonança. Ao deleitar-me no oásis dos teus beijos. CLAY REGAZZONI (direitos reservados ao autor)

"CANÇÃO DO AVESSO"

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Sou o avesso das coisas. Vivo a sensatez irracional da vida, Quando me perco em teu colo e me acho em teus beijos. Canso-me em teus lábios e me revigoro em teus abraços, Sou luz e fogo se você está aqui, Sombra e gelo se longe estás. Sou o avesso das coisas. Vivo a débil razão do coração. Naufrago e me elevo com os carinhos teus. Sou rei e plebeu quando estou diante de ti, Sou riso e pranto quando recordo teu sorriso. Se teu olhar me vigia, flutuo. Se teu cheiro se esvai, me enterro. Sou o avesso das coisas, Que se completam pela paixão. Se tua ausência me congela sou inferno, Se teu corpo me queima sou céu. Sou o avesso das coisas. Vivo a lógica incoerente do amor. Em teus braços, calma e desespero, Consciência e loucura. Contigo sou paz e delírio, Se você me ignora eu morro, Se você diz ”eu te amo”, sou eterno. CLAY REGAZZONI (direitos reservados ao autor)

"SONETO AMARGO"

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Eis-me fartado do cardioclasta amor Que tão mordaz enrubesce meu vil olhar Silencioso em minh´alma dói-me a ecoar Deixando nos lábios meus um acre sabor. Perturbo-me já entre sombras envelhecidas Desperto em mim as dores de meu triste pranto Ouvindo o trêmulo silêncio de meu espanto Cantando a utopia das quimeras já perdidas. Entristeço-me ao cair do negro luar Sufocado em tristezas suspensas no ar Sepultando meus sonhos num choro amiúde. Pois a perder-me estou num viver descontente Num suplício atroz deste bardo demente Implorando morrer já que amar nunca pude. Clay Regazzoni (direitos reservados ao autor)