SONETO XLIII - COMO TE AMO? - TRADUÇÃO DE MANUEL BANDEIRA


Sonnets from the Portuguese, Sonnet XLIII  - How Do I Love Thee?
ELIZABETH BARRETT BROWNING

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do Sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Máquina do Mundo (Carlos Drummond de Andrade)

DIA DA CRIAÇÃO - Vinícius de Moraes (Porque hoje é sábado.)

POEMA - "NÔMADE"