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Mostrando postagens de agosto, 2014

"DENTRO DOS MEUS OLHOS"

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Olhe dentro dos meus olhos... Verás que um amor imenso está em mim. Um amor que hibernava até agora, Mas que despertou quando então lhe conheci. Olhe dentro dos meus olhos... Perceberás que meu pranto indolor Apenas revela a pureza do meu amar. Verás que minha alma palpita, Quando em minha memória volta sua face. Olhe dentro dos meus olhos... Saberás que em meu peito arfante Teu sorriso inefável está gravado. Saberás que o tremor em meu olhar, É o desejo de gritar ao mundo, Quão grande é esse amor. Olhe dentro dos meus olhos... Descobrirás quão importante és para mim. Quão preciosa é a tua presença. Quando mesmo distante ainda habita em mim Como a chama indelével dessa paixão. Olhe dentro dos meus olhos, Mas não me digas nada. Apenas sinta o que meus olhos lhe murmuram. Com minha boca inerte, minha voz calada, Num delírio quase divino, Assim meus olhos sussurram aos teus  “EU TE AMO” CLAY REGAZZONI (direitos reservados ao autor)

"EU, PIERRÔ"

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Sou Pierrô contente Se comigo estás presente Minha doce Colombina. Sou sorriso e fantasia Quando vejo noite e dia A minha Deusa Menina. Sou Pierrô descrente Quando então está ausente O meu anjo mais querido. O meu rosto se refaz Numa lágrima que me faz Ser um Pierrô ferido. Sou Pierrô da alegria Faço festa e folia Só pra ver você passar. Eu celebro o teu encanto Pulo, danço e canto Pra tentar te conquistar. Sou Pierrô do mundo Quero viver cada segundo Na avenida da emoção. Tocar tambor, ser musical Pra te fazer um carnaval Com o amor que tenho no coração. CLAY REGAZZONI (direitos reservados ao autor)

Soneto (Luis de Camões)

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Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no Céu eternamente e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou. Luís Vaz de Camões (1524-1580)

“DÚVIDAS E CERTEZAS”

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Neste mundo em que vivo, Muitas dúvidas eu tenho, Muito pouco sei, E de quase nada tenho certeza. Nada sei de astronomia, Mas tenho certeza que em nenhuma galáxia, Existe um brilho como o de teu olhar. Não sei o que canta o rouxinol, Mas estou certo que ele canta pra você. Não entendo muito de plantas, De árvores ou arbustos. Mas tenho certeza de que você é o sol, Que faz fotossíntese em mim por desse amor. Não posso colocar em frascos O aroma das rosas, violetas ou jasmins. Mas certeza que em mim existe, É que nada se iguala ao teu perfume. Não sei por que às vezes me angustio e choro, Mas sei que tudo passa quando te vejo sorrir. Não sei por que eu sonho, Só sei que sem você não tenho motivo pra sonhar. Não sei se o mundo nasceu com o big-bang, Mas de algo você pode ter certeza, Meu mundo começou quando eu te conheci. Não sei se existe céu, Nem ao menos se eu o mereço. Mas pra onde quer que eu vá, Esteja certa, leva